Marketing e Vendas é o tema que parece
estar na moda. Mas a grande verdade é que sempre esteve em grande evidência. A
diferença é que hoje, o profissional desse setor é a peça-chave das empresas,
seu cartão de visita, sua garantia de sucesso e de clientes. É uma pena, muitas
corporações e muitos administradores não terem se dado conta disso. Porém, não
os culpo, pois o vendedor ainda carrega muitos estigmas de um tempo diferente,
quando a economia era outra e os valores do consumidor eram outros. Por isso, a
partir de agora, pretendo modificar essa visão, livrar o profissional de vendas
de qualquer peso que lhes tenha sido atribuído e provar que hoje, ele é o
grande herói de qualquer negócio.
Antigamente, o vendedor era sinônimo de
“enrolador”, “bom de papo”. Era aquele trabalhador sem horário, sem aptidão
para outras funções de real importância, um profissional sem disciplina, alguém
que não gosta de escritório. Os desempregados diziam: “Vou trabalhar com vendas
até arrumar um emprego”.
Eu mesmo sofri muito preconceito
quando larguei a faculdade de medicina, para trabalhar com Vendas, todos
acreditavam que eu havia perdido o rumo por largar uma promissora universidade
em troca de fazer “nada”.
Além de todos esses preconceitos,
vender sempre foi uma atividade negligenciada, na qual os profissionais
recebiam apenas por comissão – o que inibia todas as etapas de um trabalho de
vendas bem feito, envolvendo inúmeras questões antecedentes ao fechamento do
negócio. Ou seja, o vendedor não era valorizado qualitativamente, e sim
quantitativamente. As análises eram feitas de forma superficial. Dessa forma, o
profissional era massacrado e corria atrás de números, ao invés de prezar pelo
cliente e por suas reais necessidades. O mercado formava vendedores medíocres.
Conseguiam vender? Sim, claro. Mas como já foi mencionado, os tempos eram
outros: outra economia, outros valores de consumo.
Entramos no século XXI. Encaramos uma
nova realidade empresarial. Implantamos modelos de qualidade, novos conceitos
de trabalho, processos tecnológicos que agilizam as atividades, e por conta
disso, ficamos mais lentos. Existe tanta preocupação com a tecnologia a ser
aplicada, softwares que facilitam o dia a dia das empresas, que protegem e
certificam atividades virtuais, máquinas, equipamentos cada vez mais rápidos e
eficientes, que muitos pararam de se preocupar com o valor da atividade das
pessoas.
A tecnologia acelera o processo de
produção, mas ela não tem valor humano, portanto seria incapaz de vender
sozinha. Principalmente nos dias de hoje, em que vivemos uma época em que
vender é relacionar. Precisamos do trabalho humano, do diferencial que só as
pessoas trazem.
Essa aptidão está agora totalmente
concentrada na área de vendas. Cabe ao vendedor, com todo o seu talento, fazer
valer o investimento de uma empresa inteira. Chegou à hora de sermos eficientes
no ponto de venda, de sermos eficazes no relacionamento.
Finalmente o profissional de vendas é
valorizado. Quando um empresário pergunta como fazer para que sua empresa
fature mais, a resposta é: agindo no ponto de vendas. Nunca foi tão importante
ter um profissional que gere relacionamento.
Essa importância ressurge na nova era
das Vendas e recai sobre antigas idéias, que até hoje vigoram dentro de muitas
corporações, a respeito dos setores de Marketing e de Vendas. O vendedor tenta
se livrar de estigmas, e o Markerting, por sua vez, precisa se livrar de
algumas crenças antigas também. “Antigas”, pois não caberiam em hipótese alguma
no mercado atual. “Antigas”, pois colocam o Marketing em uma posição e Vendas
em outra, separando braços que devem andar unidos, não importa a ação que
esteja sendo colocada em prática.
Por fim é importante lembrar que não
há liderança sem estratégia e que não há estratégia sem o trabalho de vendas. É
fundamental lembra-se sempre que a interdependência é sinônimo de
competitividade e eficiência empresarial é saber juntar todas as competências
em busca do sucesso do seu negócio.
É hora de saber elaborar estratégias
vencedoras, de saber jogar xadres compreender que todas as peças são
importantes e que no final do jogo todas as peças vão para a mesma caixa, desde
o peão até o rei.
Cláudio Tomanini
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